quinta-feira, 10 de novembro de 2011

DIÁLOGO

HOMEM-H


MULHER-M



M- Estranho...

H- Oque ?

M -Nada.

H- Como Nada? Você disse: Estranho.

M -Esquece.

H -Eu sou estranho?

M -A situação.

H -Qual?

M -Esta!

H -Estar no trem?

M -Não.

H -Você é irritante...

M -Você também.

H -Oque você esta pensando?

M -Acho que te conheço.

H -Da onde?

M -De nenhum lugar.

H - Então você não me conhece!

M -Conheço.

H -Como?

M -Você quer saber?

H -Estou perguntando.

M -Isso não quer dizer que você queira saber...

H -Quero.

M -Eu te criei.

H -Como assim?

M -Como assim, oquê?

H -Você me criou...Eu nem te conheço!

M -E precisa me conhecer? Só eu preciso te conhecer.

H -NOSSA! EU NEM SEI PORQUE ESTOU CONVERSANDO COM VOCÊ, VOCÊ É MALUCA!

M -Você é um personagem meu.

H -Eu sou um PERSONAGEM SEU? Há há, se esse metrô não estivesse andando com velocidade reduzida, eu já teria parado de conversar com você!

M -Então por que não para? Não?... Eu escrevi o nosso dialogo.

3 comentários:

  1. Foi realmente um bom uso de criatividade. Eu jamais pensaria, como em outros textos seus, que terminaria assim.
    Além de usar como pano de fundo uma situação corriqueira e comum a nós paulistanos, fato que aumenta o evolvimento do leitor com a história.

    Parabéns Ruth.

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  2. Nossa, muito legal! Não sei porque mas me lembrou muito aquele video do Celton Mello e do Seu Jorge falando sobre o Tarantino. Gostei mesmo! É o Lucas ^_^

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  3. eu imagino uma linha metroviária nos nossos cérebros, os trilhos são os neurônios e as estações as sinapses

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